Hans Henze

Funeral blues
W.H. Auden

Stop all the clocks, cut off the telephone,
prevent the dog from barking with a juicy bone,
silence the pianos and, with muffled drums,
bring out the coffin, let the mourners come.

Let airplanes circle moaning overhead
scribbling on the sky the message: he's dead.
Put crepe-bows round the white necks of the public doves,
let the traffic policemen wear black cotton gloves.

[…]
The stars are not wanted now, put out every one.
Pack up the moon, dismantle the sun.
Pull away the ocean and sweep up the wood.
For nothing now can ever come to any good.

Este poema foi recitado pelo personagem Matthew no filme Four Weddings and a Funeral, exatamente no funeral de Gareth. Um filme bacana, um filme de geração que não deveria ter sido tão banalizado. Quando Quico escreve dando a noticia da morte do Hans Henze, no último sábado, senti uma coisa muito ruim, muito ruim mesmo, uma sensação que a vida é reles pois a mão, débil e senil, que sustenta seu fio não é fiável: treme a todo o instante. E lembrei deste poema.

Ter o Hans ao nosso lado, mesmo que distante, nos fazia bem: Tê-lo vivo nos fazia bem. Antes do ataque cardíaco que o deixou esculhambado e falando mole, sempre nos reuníamos no apartamento do Quico e Hans tinha a incrivel capacidade de transformar nossa atmosfera num daqueles filmes de Denys Arcand, frequentando os mundos de Pedro Juan Gutiérrez.

Com carinho, em memória do nosso amigo Hans Henze, que morreu no ultimo fim de semana no Rio de Janeiro.

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