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o gAtO biGodUDo

Guilherme: o nome do meu amigo que "transa vídeo", e que está por trás do O Bigode do Gato. Trata-se de uma série de entrevistas,  visões etnográficas, vastas impressões, estudos de representação dos hábitos, pensamentos imperfeitos, documentários, ou sei lá o que, mas que é muito bom.

As entrevistas são ótimas, os entrevistados melhores ainda. Na edição, capítulo à parte, Guilherme mostra toda sua habilidade. Recentemente, tive o imenso prazer de trabalhar e de dividir vários churrasquinhos de gato - perdão pelo paralelismo - nas noites intermináveis das edições. Enquanto uns editavam outros - me incluo neste grupo - tiravam um cochilo no imenso, confortável e horroroso sofá marrom da ilha de edição. As circunstâncias do trabalho, claro, não permitiam, mas o cara sempre tinha camisas de estampas interessantissimas e gestos elegantes, para além dos cinco ou dez minutos de humildade sincera que não convencem ninguém no tipo de trabalho, com o tipo de gente  que éramos obrigados a conviver.

Qualidades pessoais à parte, bom mesmo era ver o cara editando, mexendo nos controles da sua engenhoca com dedos mais rápidos que os olhos podiam seguir.


Cara escondida


Quase um ano depois da ultima postagem, retornamos ao canto das falsas semelhancas, ao espaco do engano dos sentidos e da inteligencia superflua. Nos proximos meses desse ano percorreremos muitas trilhas, consultaremos muitos mapas e viajaremos por lugares insolitos do interior do Brasil nos seculos XVII, XVIII e XIX. Nos encontraremos com viajantes inopinados, tropeiros sifiliticos, sertanistas, aventureiros de grossa monta, cacadores de indios, negociantes de escravos, lendas, escroques, salteadores, missionarios morigerados...

As trilhas nao serao necessariamente geograficas, nem sempre verdadeiras, e portanto quase sempre duvidosas quanto as fontes e ao norte. Por isso ao se depararem com as informacoes aqui contidas tenham em mente que o Rogerio Sganzerla tinha razao: Nem tudo eh verdade!
Imagem: Obra de Lygia Clark