Fluminense x Vasco

Numa tarde de domingo, com um clássico dessa estatura, não há outra opção. Assistir aos mulambos disputando uma taça que nem sei o nome, ou ir ao cinema. O melhor a fazer é assistir os indicados para o Oscar na categoria Short Film:




Pentecost

Estória engraçadíssima de um menino coroinha que não pensa em outra coisa que em futebol. O mnenino é expulso da congregação depois de dar com o turíbulo, acidentalmente, na cabeça de um padre. A punição é severa. O menino fica privado de assistir as partidas do Liverpool. O ano é 1977 e o Liverpool está disputando a copa européia. Mas o Bispo vem à cidade para uma missa e o único que sabe conduzir o incensário é Damien. O paralelo que o diretor, o irlandês Peter McDonald, faz entre o vestiário de um time e os minitos anteriores à misa com o Bispo são impagáveis. Nem Hugo Geogete em Boleiros conseguiria.

Raju

Tudo bem, entendo. Max Zahle, o diretor alemão de Raju, tentou colocar etnicidade, dramalhão, choques culturais, inversão de roteiro, fazendo da última cena a primeira, e tudo mais... mas o filme não decola. Um casal alemão vai até a India para adotar o menino Raju. Tudo lindo. Tudo perfeito. Pegam o menino no orfanato, assinam os papéis de tutela e leva o menino apra o hotel. Os três ainda têm três dias na India e o novo pai de Raju decide dar uma volta pela cidade. Num momento de distração, os dois ficam olhando umas pipas, e o menino desaparece. O pai entao vai a polícia, ao orfanato, a todos os lugares sem sucesso. Até que encontra uma ONG que investiga rapto de crianças. O pai adotivo então descobre que Raju e todos os meninos do orfanato são crianças raptadas. O curta é bom, mas tenho implicância com temas tão globais desde Babel....


The Shore

Outro filme irlandês da pesada. O diretor Terry George fez um filme emocionante sobre o reencontro de dois amigos que se reúnem depois de 25 anos. Pelo que li previamente, o cara fez um filme em frente à sua casa com os atores sendo seus amigos e familiares. É a estória de dois meninos Joe e Paddy que voltam a se ver e acertar as contas de coisas que ficaram no passado. O filme se desvenda nos diálogos do pai com a filha ameriana, numa viagem em que ele a leva para que ela conheça a sua terra natal. A cena impagável é quando os amigos se reencontram. Paddy no seguro desemprego mas catando uns mariscos para defender algum por fora, e Joe e a filha acenando de longe para que ele viese até eles. Paddy e seus amigos pensavam se tratar dos agentes do governo que vinham investigar se eles estavam trabalhado. A trupe sai correndo. Impagável. Um filme emocionante do ponto de vista do roteiro e da direção. Raju leva, por razões acadêmicas, mas meu voto vai para este filme, que não é brilhante, mas tem essa coisa de filme feito com dedicação e transpiração.


Time Freak

Sem comentários. Péssimo, mas vai agradar quem pensa cinema, afinal é a metáfora dos inúmeros takes que um diretor precisa para fazer uma cena.


Tuba Atlantic

Sem comentários. Estória interessantíssima de Hallvar Witzø’s. Um homem em estado terminal que constrói uma geringonça que supostamente pode ser ouvida desde a Escandinávia, na América. Podia funcionar se o diretor não tivesse feito uma verdadeira bosta com um enredo que daria pano para manga.




Nota. Postado 10 minutos antes de começar o Oscar. Que The Artist leve tudo, e que pingue alguma coisa para o Rio, que é um filme chatinho, mas que tem uma trilha sonora boa - apesar do Sergio Mendes.