Este é um clássico dos clássicos dos filmes de tribunal onde musica e filme nao necessariamente combinam, mas funcionam brilhantemente quando separadas.
James Stewart é Paul Biegler, o advogado de defesa de Frederick Manion (BenGazarra), que compelido talvez menos pela angústia do constrangimento que pela honra ferida, assassinou o homem que estuprara sua mulher (Lee Remick) na pequena cidade de Thunder Bay. Filme de tribunal. O filme recebeu sete Oscars, mas o de Stewart foi dado a outro republicano, Charlton Heston, que recebeu a estatueta por sua eterna interpretacao de Judah em Ben Hur – em todo o caso Stewart ja havia ganhado em 1941 com o The Philadelphia Story. O roteiro, assinado por Wendell Mayes, é obra prima de ironia e desdém como há de ser um bom filme de tribunal, ao revirar a vida do julgado pelo avesso até seus mais íntimos e constrangedores detalhes.
Não sei não, sempre fico na dúvida mas na minha opinião o filme fica pau-a-pau com o Eleven Angry Man do Sidney Lumet, outra grande obra prima da argumentação cinematográfica representada por ninguém menos que um dos bons amigos de Stewart, Henry Fonda, que mata a pau no papel de um jurado, crítico, compassivo e solidário.
Duke Ellington (esquerda), Mort Sahl and Otto Preminger trabalhando no "Anatomy of a Murder" filme de 1959.
Por essas e por outras que o destaque vai para a trilha sonora de Duke Ellington - na foto aí em cima . Obviamente, a musica do dia: Flirtibird e Almost Cried, para expressar o dia de hoje – um dia em que a distância deixa de ser miragem e a saudade aperta a glote. Portanto, se eu pensar no filme acabo esquecendo o tanto de tudo que a musica traz.
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