Em contrapartida, O Mito de Sísifo - livro escrito quando o autor tinha apenas 30 anos -, especificamente o último capítulo, ainda hoje me traz lembranças temerárias de que o lugar reservado para este estranho e absurdo lugar que é o mundo cotidiano, sem a faculdade da Razão, pode nos massacrar de maneira densa, lenta, precisa, aquiescente…
Imperdível é o debate entre Camus e Sartre sobre a alcunha de existencialista que os existencialistas impuseram àquele. Quem tiver tempo, sossego na alma ou pachorra, muito recomendo o livro Sartre and Camus: A Historic Confrontation, sobre os "debates entre o autor e o filósofo. Lembro-me que o Mais! Folha de São Paulo publicara alguns trechos traduzidos do debate acalorado entre um Sartre totalmente proselitista e um Camus evasivo e irascível.
Esperava que hoje Camus tivesse menos fãs que leitores.
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