Programa de Rádio de Ophir, um de meus amigos mais talentosos. Arranjador e maestro, Ophir estuda piano desde os 5 anos de idade e recentemente teve aulas - e brigas - com Michael Finnissy. Está terminando um doutorado na University of Southampton, já passou pelo The Royal Conservatory em Haia e pela The Guildhall School of Music and Drama in London. Em todo o caso, na minha opinião, não precisa de vida acadêmica para nada. Está muito bem onde está, transmitido seu programa de rádio via internet e produzindo composições sem parar, ultrapassando o limite da margem do papel. Na última vez que nos vimos, em Bruxelas, o cara sentou ao piano e tocou música brasileira a noite toda. Literalmente, pois deixamos o bar as seis da manhã, quando o cruzamento do santo do Sinatra com o Fred Astaire baixou num inglês magricela e narigudo que resolveu nos alugar, bravos biriteiros. Só para constar, as preferências do Ophir vão de Jacques Brel, Montiverdi e Sibelius a Tom Jobim - evidentemente -, Tom Zé - para ele um gênio - e Egberto Gismonti.
Contentemo-nos com a Ilusão da Semelhança, porém, em verdade lhe digo, senhor doutor, se me posso exprimir em estilo profético, que o interesse da vida onde sempre esteve foi nas diferenças,
Fora das Margens
Programa de Rádio de Ophir, um de meus amigos mais talentosos. Arranjador e maestro, Ophir estuda piano desde os 5 anos de idade e recentemente teve aulas - e brigas - com Michael Finnissy. Está terminando um doutorado na University of Southampton, já passou pelo The Royal Conservatory em Haia e pela The Guildhall School of Music and Drama in London. Em todo o caso, na minha opinião, não precisa de vida acadêmica para nada. Está muito bem onde está, transmitido seu programa de rádio via internet e produzindo composições sem parar, ultrapassando o limite da margem do papel. Na última vez que nos vimos, em Bruxelas, o cara sentou ao piano e tocou música brasileira a noite toda. Literalmente, pois deixamos o bar as seis da manhã, quando o cruzamento do santo do Sinatra com o Fred Astaire baixou num inglês magricela e narigudo que resolveu nos alugar, bravos biriteiros. Só para constar, as preferências do Ophir vão de Jacques Brel, Montiverdi e Sibelius a Tom Jobim - evidentemente -, Tom Zé - para ele um gênio - e Egberto Gismonti.
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2 comentários:
Excelente dica e estou gostando muito da programação, se é teu amigo só pode ser gente boa! Essa noitada em Bruxelas deve ter sido fantástica!
Kovacs, a radio eh otima, definitivamente, e tudo eh experimental. E a noitada foi boa mesmo. Um desses momentos que ficam na memoria.
Abracao, Chico.
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