Luz em Agosto é um desses livros que nos deixa sem ar. Mesmo numa leitura avulsa, setenta e sete anos após o seu lançamento, a força e o impacto que suas palavras, expressões, inúmeros personagens e de sua inventividade corrosiva nos deixa com a glote por um fio de ar e faz a pulsação do leitor disparar. Dizer que Faulkner buscou em Luz em Agosto uma narrativa polifônica é uma redundância barata, pois esta era a marca do autor que imprimiu, basicamente a mesma técnica em Sound and Fury e em muitos outros de seus livros e contos. Não só a marca do autor, mas quase de uma época. Neste mesmo período, contemporâneos de Faulkner, tais como Virginia Woolf e Joyce escreviam com a mesma pungência dando voz ao fluxo de consciência de seus personagens.
Um dos muitos méritos de William Faulkner foi o de ter a ousadia de penetrar seu cutelo no coração do puritanismo norte-americano. Mais, é como se Faulkner tivesse dito a Deus, ô cidadão, fica de fora que em Yoknapatawpha mando eu. Ou num sentido mais prosaico, nesse universo puritano, é como se o nome de Deus fosse evocado a todo o instante, mas qualquer idéia que o associasse aos atributos de generosidade e solidariedade ficasse de fora, deixando o papo para os mortais.
A construção da estória em vários eixos narrativos é talvez a inovação de Faulkner. Um destes eixos está centrado no personagem principal Joe Christmas, a princípio tido como homem um branco que acredita ter sangue negro. Atormentado ou motivado por tal crença, Joe, age de maneira alheia aos valores dos brancos e instiga a intolerância racial que campeia no sul dos Estados Unidos. Num segundo eixo, uma outra personagem importante é Lena Grove, uma adolescente grávida que vem do Alabama e chega a Jefferson, a cidade ficcional criada por Faulkner em Yoknapatawpha County, a procura de Lucas Burch, o rapaz que a deixou grávida. No exato momento de sua chegada, a casa de Joana Burden, mulher de quem Joe Christmas foi amante, esta em chamas. Um terceiro eixo encontra sentido no reverendo Hightower, que é o personagem que ata as narrativas esparsas.
Joe Christmas é um personagem à parte. Um homem sem passado específico, uma espécie de órfão, que pouco a pouco vai se tornando uma espécie de pária, sem destino específico, à procura de sua identidade a ponto de quase perder de vez a razão nessa procura. Para o bom leitor, é um personagem que carrega um estigma que o força a ser indiferente por seu semelhante. Este mesmo estigma é usado para justificar seus atos violentos. É um personagem trágico e altivo que não se dobra às circunstâncias. Joe chega a Jefferson três anos antes do início da novela, ou seja, da chegada de Lena à cidade, ou seja, do incêndio e assassinato de Joanna Burden. Assim que chega, começa a trabalhar na lavoura, e este trabalho cria uma cortina de fumaça para a sua real atividade que é a de distribuição de àlcool durante a Lei Seca. E notório na cidade que Christmas é um homem que fabrica bebida clandestinamente durante a Prohibition - que vigorara nos EUA durante toda a década de 1920. Suas atividades ilícitas não chegam a chocar, pois acaba fornecendo birita a muita gente na cidade. As coisas mudam quando este passa a ser suspeito do assassinato da velha solteirona, de quem fora amante por algum tempo, quandoBrown, seu cúmplice na destilaria clandestina, de olho nos negócios do sócio, interrogado e pressionado, delata o companheiro. O sangue negro encoberto de Christmas, delatado pelo o assecla, desperta o ódio da comunidade. No mesmo dia em que a casa arde, chega à cidade Lena Grove.
Lena, após a morte do pai, vai morar com um irmão casado e cheio de filhos. O irmão é um homem rude, ‘doçura, delicadeza e idade florescente e quase tudo mais – exceto uma espécie de inteireza tenaz e deseperada e uma triste herança de orgulho familiar – tinham desparecido com a dureza do trabalho’. Após sofrer humilhações e ser constantemente chamada de meretriz, Lena foge de casa a procura do pai de seu filho, Lucas Burch. Sem destino certo acaba vindo parar em Jefferson, mais precisamente na serralheria de Mr. Breads, onde Byron Bunch trabalha. As proximidades dos nomes de Bunch e Burch acabam gerando um certo mal entendido fonérico – impressionantemente possível com o sotaque sdo sul dos Estados Unidos - , prontamente preenchido e aumentado pelos locais. Para muitos Buch é o pai da criatura que Lena carrega. O problema é que algo está fora do lugar nessa estória, mesmo para os mais interessados em tocar com a aldraba a porta do chisme. Bunch é um homem que segue à risca a ética puritana. É um homem trabalhador que dedica-se, inclusive aos sábados, a carregar carroças de tábuas e aos domingos, e após a jornada de trabalho anda mais de trinta milhas para ensaiar o coro de uma igreja. Seu amigo Hightower é o único que sabe de sua dedicação e entrega ao trabalho e à fé, e portanto seria algo diacrônico ser o pai da criança. Byron Bunch é um homem de poucas palavras, não por expressão de sabedoria, mas por inabilidade em usá-las. E um homem inculto. Faulkner é sutil ao contornar os detalhes seu intelecto, finalizando seus diálogos sempre com alguma reticência e evocando várias vezes sua admiração pela eloquência de Hightower.
Gail Hightower, é um homem que tendo sido reverendo, era obrigado a viver uma vida de aparências ao lado da esposa. Um homem fanático pelo passado de seu avô Confederado, julgado sumariamente por ser pego roubando um frango numa granja, e que proclama sermões inflamados causando desconforto na cidade evocavando constantemente a saga e o infortúnio do avô. Entretanto, não por ser difuso tampouco por ser repetitivo que Hightower é preterido, mas por que foi abandonado pela mulher, encontada morta pouco tempo depois. Os rumores que se seguiram o fizeram perder não apenas a mulher, mas sua reputação e sua congregação. Este passado distante ainda reverbera em sua vida eremita pois as desconfianças da preconceituosa sociedade local de Jefferson, que lhe vira as costas, são um componente fundamental para entender o destino de Joe Christmas, personagem principal dessa obra monumental.
Byron Bunch é o único que rompe esse círculo de isolamento e o visita eventualmente. Numa destas visitas Bunch pede que Hightower sirva de álibi a Joe Christmas, que ao escapar da prisão pelo suposto assassinato de Joanna Burden, se refugia na casa do reverendo. Interessante pois em nenhum momento do livro - ao menos que me lembre - fica claro que foi realmente Joe Christmas o assassino de Joanna Burden e tampouco é muito bem explicado - talvez eu necessite de uma segunda leitura - esse pedido de Bunch a Hightower, salvo por vagas razões. Sabe-se que quando Christmas foge do posto policial e se refugia na casa de Hightower, este o aceita, ainda que já seja tarde demais pois Percy Grimm ja anda em sua cola. Sabe-se também que Bunch é visto nas redondezas da casa de Joanna Burden enquanto a mesma ardia, mas nada é afirmado categoriacamente.
Mais interessante ainda é a falta de certezas em que Faulkner imerge o leitor evitando ser categórico sobre a relação entre Joe Christmas e Joanna Burden. A princípio, aquela era uma relação conflituosa, pois ao passo que Burden se dizia defensora dos ideais abolicionistas e fazia vista grossa para os pequenos roubos que Christmas efetuava, entrava em conflito com os demais habitantes da cidade por protegê-lo. Joe Christmas, por sua vez passa a sentir desprezo por Burden, uma mulher já em idade de menopausa, sem possibilidade de ter filhos e por isso mesmo entregue ao fanatismo religioso. Joe, que era órfão, tinha sido criado e abusado, física e psicologicamente, por uma família religiosamente conservadora.
Faulkner se utiliza de um recurso absolutamente original. Em cima dos fluxos de consciência, sejam eles falsos ou verdadeiros, de um personagem, Faulkner cria outras direções. Assim, vai instaura enredos intermináveis sobre o que o preconceito cristalizado na fala de um personagem cria a respeito de outros. Tendo em vista que a novela não é organizada de maneira linear, e é interrompida contantemente por flashbacks, o foco narrativo muda de um personagem para outro. Mesmo que um personagem desconheça a verdade dos fatos, tem sua própria versão moral sobre os mesmos. Neste sentido, apenas resta ao leitor a dedução das pistas deixadas pelo autor.
Impressiona também como é possível encontrar ainda hoje, numa novela de 1932, elementos de uma América ainda presente naquele tempo. Afinal, muitos dos elementos de identidade do americano não mudaram desde então: os constantes dogmas puritanos resgatados para afirmar a crença no protestantismo; a prática constante da desconfiança contra a alteridade como subterfúgio para a busca da própria identidade; a divisão de uma sociedade de classes em raças... Enfim todos fios de uma espécie de destino do qual um povo todo não pode escapar. Sina? Não sei. Mas é nesse ambiente em que os derrotados de todo o tipo deixam aflorar o fanatismo religioso numa pasma tentativa de fugir ao que o destino, de trágico, reservou, que se passa Luz de Agosto - e é sobre ele que se tenta reconstruir uma América pós-Era Bush.
A falta de ar é apenas uma metáfora para mostrar o quanto se precisa de fôlego e sentido para ler a Faulkner.
(continua...)
Um dos muitos méritos de William Faulkner foi o de ter a ousadia de penetrar seu cutelo no coração do puritanismo norte-americano. Mais, é como se Faulkner tivesse dito a Deus, ô cidadão, fica de fora que em Yoknapatawpha mando eu. Ou num sentido mais prosaico, nesse universo puritano, é como se o nome de Deus fosse evocado a todo o instante, mas qualquer idéia que o associasse aos atributos de generosidade e solidariedade ficasse de fora, deixando o papo para os mortais.
A construção da estória em vários eixos narrativos é talvez a inovação de Faulkner. Um destes eixos está centrado no personagem principal Joe Christmas, a princípio tido como homem um branco que acredita ter sangue negro. Atormentado ou motivado por tal crença, Joe, age de maneira alheia aos valores dos brancos e instiga a intolerância racial que campeia no sul dos Estados Unidos. Num segundo eixo, uma outra personagem importante é Lena Grove, uma adolescente grávida que vem do Alabama e chega a Jefferson, a cidade ficcional criada por Faulkner em Yoknapatawpha County, a procura de Lucas Burch, o rapaz que a deixou grávida. No exato momento de sua chegada, a casa de Joana Burden, mulher de quem Joe Christmas foi amante, esta em chamas. Um terceiro eixo encontra sentido no reverendo Hightower, que é o personagem que ata as narrativas esparsas.
Joe Christmas é um personagem à parte. Um homem sem passado específico, uma espécie de órfão, que pouco a pouco vai se tornando uma espécie de pária, sem destino específico, à procura de sua identidade a ponto de quase perder de vez a razão nessa procura. Para o bom leitor, é um personagem que carrega um estigma que o força a ser indiferente por seu semelhante. Este mesmo estigma é usado para justificar seus atos violentos. É um personagem trágico e altivo que não se dobra às circunstâncias. Joe chega a Jefferson três anos antes do início da novela, ou seja, da chegada de Lena à cidade, ou seja, do incêndio e assassinato de Joanna Burden. Assim que chega, começa a trabalhar na lavoura, e este trabalho cria uma cortina de fumaça para a sua real atividade que é a de distribuição de àlcool durante a Lei Seca. E notório na cidade que Christmas é um homem que fabrica bebida clandestinamente durante a Prohibition - que vigorara nos EUA durante toda a década de 1920. Suas atividades ilícitas não chegam a chocar, pois acaba fornecendo birita a muita gente na cidade. As coisas mudam quando este passa a ser suspeito do assassinato da velha solteirona, de quem fora amante por algum tempo, quandoBrown, seu cúmplice na destilaria clandestina, de olho nos negócios do sócio, interrogado e pressionado, delata o companheiro. O sangue negro encoberto de Christmas, delatado pelo o assecla, desperta o ódio da comunidade. No mesmo dia em que a casa arde, chega à cidade Lena Grove.
Lena, após a morte do pai, vai morar com um irmão casado e cheio de filhos. O irmão é um homem rude, ‘doçura, delicadeza e idade florescente e quase tudo mais – exceto uma espécie de inteireza tenaz e deseperada e uma triste herança de orgulho familiar – tinham desparecido com a dureza do trabalho’. Após sofrer humilhações e ser constantemente chamada de meretriz, Lena foge de casa a procura do pai de seu filho, Lucas Burch. Sem destino certo acaba vindo parar em Jefferson, mais precisamente na serralheria de Mr. Breads, onde Byron Bunch trabalha. As proximidades dos nomes de Bunch e Burch acabam gerando um certo mal entendido fonérico – impressionantemente possível com o sotaque sdo sul dos Estados Unidos - , prontamente preenchido e aumentado pelos locais. Para muitos Buch é o pai da criatura que Lena carrega. O problema é que algo está fora do lugar nessa estória, mesmo para os mais interessados em tocar com a aldraba a porta do chisme. Bunch é um homem que segue à risca a ética puritana. É um homem trabalhador que dedica-se, inclusive aos sábados, a carregar carroças de tábuas e aos domingos, e após a jornada de trabalho anda mais de trinta milhas para ensaiar o coro de uma igreja. Seu amigo Hightower é o único que sabe de sua dedicação e entrega ao trabalho e à fé, e portanto seria algo diacrônico ser o pai da criança. Byron Bunch é um homem de poucas palavras, não por expressão de sabedoria, mas por inabilidade em usá-las. E um homem inculto. Faulkner é sutil ao contornar os detalhes seu intelecto, finalizando seus diálogos sempre com alguma reticência e evocando várias vezes sua admiração pela eloquência de Hightower.
Gail Hightower, é um homem que tendo sido reverendo, era obrigado a viver uma vida de aparências ao lado da esposa. Um homem fanático pelo passado de seu avô Confederado, julgado sumariamente por ser pego roubando um frango numa granja, e que proclama sermões inflamados causando desconforto na cidade evocavando constantemente a saga e o infortúnio do avô. Entretanto, não por ser difuso tampouco por ser repetitivo que Hightower é preterido, mas por que foi abandonado pela mulher, encontada morta pouco tempo depois. Os rumores que se seguiram o fizeram perder não apenas a mulher, mas sua reputação e sua congregação. Este passado distante ainda reverbera em sua vida eremita pois as desconfianças da preconceituosa sociedade local de Jefferson, que lhe vira as costas, são um componente fundamental para entender o destino de Joe Christmas, personagem principal dessa obra monumental.
Byron Bunch é o único que rompe esse círculo de isolamento e o visita eventualmente. Numa destas visitas Bunch pede que Hightower sirva de álibi a Joe Christmas, que ao escapar da prisão pelo suposto assassinato de Joanna Burden, se refugia na casa do reverendo. Interessante pois em nenhum momento do livro - ao menos que me lembre - fica claro que foi realmente Joe Christmas o assassino de Joanna Burden e tampouco é muito bem explicado - talvez eu necessite de uma segunda leitura - esse pedido de Bunch a Hightower, salvo por vagas razões. Sabe-se que quando Christmas foge do posto policial e se refugia na casa de Hightower, este o aceita, ainda que já seja tarde demais pois Percy Grimm ja anda em sua cola. Sabe-se também que Bunch é visto nas redondezas da casa de Joanna Burden enquanto a mesma ardia, mas nada é afirmado categoriacamente.
Mais interessante ainda é a falta de certezas em que Faulkner imerge o leitor evitando ser categórico sobre a relação entre Joe Christmas e Joanna Burden. A princípio, aquela era uma relação conflituosa, pois ao passo que Burden se dizia defensora dos ideais abolicionistas e fazia vista grossa para os pequenos roubos que Christmas efetuava, entrava em conflito com os demais habitantes da cidade por protegê-lo. Joe Christmas, por sua vez passa a sentir desprezo por Burden, uma mulher já em idade de menopausa, sem possibilidade de ter filhos e por isso mesmo entregue ao fanatismo religioso. Joe, que era órfão, tinha sido criado e abusado, física e psicologicamente, por uma família religiosamente conservadora.
Faulkner se utiliza de um recurso absolutamente original. Em cima dos fluxos de consciência, sejam eles falsos ou verdadeiros, de um personagem, Faulkner cria outras direções. Assim, vai instaura enredos intermináveis sobre o que o preconceito cristalizado na fala de um personagem cria a respeito de outros. Tendo em vista que a novela não é organizada de maneira linear, e é interrompida contantemente por flashbacks, o foco narrativo muda de um personagem para outro. Mesmo que um personagem desconheça a verdade dos fatos, tem sua própria versão moral sobre os mesmos. Neste sentido, apenas resta ao leitor a dedução das pistas deixadas pelo autor.
Impressiona também como é possível encontrar ainda hoje, numa novela de 1932, elementos de uma América ainda presente naquele tempo. Afinal, muitos dos elementos de identidade do americano não mudaram desde então: os constantes dogmas puritanos resgatados para afirmar a crença no protestantismo; a prática constante da desconfiança contra a alteridade como subterfúgio para a busca da própria identidade; a divisão de uma sociedade de classes em raças... Enfim todos fios de uma espécie de destino do qual um povo todo não pode escapar. Sina? Não sei. Mas é nesse ambiente em que os derrotados de todo o tipo deixam aflorar o fanatismo religioso numa pasma tentativa de fugir ao que o destino, de trágico, reservou, que se passa Luz de Agosto - e é sobre ele que se tenta reconstruir uma América pós-Era Bush.
A falta de ar é apenas uma metáfora para mostrar o quanto se precisa de fôlego e sentido para ler a Faulkner.
(continua...)
Nota. Na minha tradução portuguesa de Armando Ferreira de anos atrás está grafado Luz de Agosto
5 comentários:
Caro Chico, uma resenha à altura de Faulkner, confesso que li de um só fôlego e toda a riqueza deste romance voltou de algum lugar lá do meu inconsciente. A passagem abaixo é primorosa:
"Um dos muitos méritos de William Faulkner foi o de ter a ousadia de penetrar seu cutelo no coração do puritanismo norte-americano. Mais, é como se Faulkner tivesse dito a Deus, ô cidadão, fica de fora que em Yoknapatawpha mando eu. Ou num sentido mais prosaico, nesse universo puritano, é como se o nome de Deus fosse evocado a todo o instante, mas qualquer idéia que o associasse aos atributos de generosidade e solidariedade ficasse de fora, deixando o papo para os mortais.
Tenho vontade de copiar e colar a sua resenha sobre a minha lá no "Mundo de K", mas vou deixar assim mesmo para lembrar de como ainda tenho muito que aprender com você. Obrigado amigo pelos bons momentos com Faulkner!
Chico,
Não sei se você já leu, mas a Cosac Naify está para relançar Absalão, Absalão, do Faulkner, em nova tradução - depois de anos fora de catálogo.
Luz em Agosto está na fila. Assim que lê-lo, passo aqui.
Abraços
Kovacs, poxa aprender comigo! Eu é que vou varias vezes ao teu blog dar uma olhada nos detalhes das tuas resenhas. Inclusive a deste livro.
Enfim, meu amigo, esse livro é realmente genial. Requer uma atencao impressionante do leitor pois o Faulkner nao perde o fio ( da meada e do corte) em nenhum momento.
Fiz uma leitura lenta. Parei varias vezes por alguns dias, retornei a paginas e capitulos anteriores pensando que perdera algo, fiz varias anotacoes... Cara, senti aquela tristeza que se sente de um livro otimo, quando terminei as ultimas paginas.
Raaapaz! Se voce quiser copiar o trecho no teu blog, pra mim eh uma honra. Voce é que esta na lista dos Top dos Blogues!
grande abraco, Chico
Oi Ricardo, ja sei, compreendo. Nao leia a resenha, pois esse meu estilo cheio de spoilers e antecipacoes so funciona para quem ja leu o livro. No fundo eu acho que escrevo essas resenhas pra mim mesmo, pra quando o Alzheimer tomar conta de meus neuronios atrofiados eu possa voltar aqui e me lembrar do que li em detalhes.
Fiquei sabendo dos livros da Cosac e Naif exatamente pelo blog do Kovacs, obrigado. A minha edicao era do Clube Portugues do Livro e do Disco.
Bom, ja sei que neste momento voce anda as voltas com a Plath. Anseio ler as resenhas, pois nunca a li.
Abracao, Chico.
Estou aqui pronto para ler o último capítulo. Assustadora a capacidade de Faulkner organizar o bloco inquebrável desta novela. Tudo se constrói num arranjo irreparável. Uma América vampiresca, onde as pessoas se comem pela intolerância.
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