Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.
E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.
ó pá, aqui quem fala é o homem do ríd espíquer,
sou de além-mar e queria dizer que esta voz com este
sotaque luso não é do Camões e muito menos do
Chico!
2 comentários:
Ora, pois. Então não foste tu quem nos leu este belo poema? Em todo caso, tiveste - como sempre - muito bom gosto em escolhê-lo.
Abraços
Ricardo, obrigado pela visita. Tenho que colocar no blog algumas resenhas atrasdas e apenas rascunhadas no papel. Brevemente, tentarei encontrar um tempo para isso.
Abraco, Chico
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