Contentemo-nos com a Ilusão da Semelhança, porém, em verdade lhe digo, senhor doutor, se me posso exprimir em estilo profético, que o interesse da vida onde sempre esteve foi nas diferenças,
La Signora Senza Camelie
Filme de 1953. Anterior, portanto, à famosa trilogia, mas que guarda ainda alguma linearidade narrativa. A história se centra em Lucia Bose no papel de Clara Manni, uma jovem atriz sem muito talento mas que pelo charme, sensualidade e elegância, alcança um sucesso extraordinário com filmes de baixo custo e qualidade artistica duvidosa. Nessa circunstância de sucesso, aceita um casamento com o produtor de um de seus filmes, Ercole - Gino Cervi. Une então ao êxito profissional a oportunidade de ascensão social. Nesse momento, passa a fazer filmes menos populares e começa a se deprimir com a perda do sucesso e um casamento fustrado. Essa combinação de frustração profissional e um casamento de conveniências leva-a a procurar outras aventuras. É ai que se apresenta o diplomata Nardo Rusconi, uma mistura de elegancia e canastrice, que a seduz e a leva praticamente a separação. Clara então se torna o vértice de um triângulo amoroso que a levará a ruína emocional e profissional, pois enquanto Ercole produz cada vez mais filme de qualidade, Clara acaba por ter que vender seus dotes artiticos a filmes de qualidade cada vez mais duvidosa. Enfim, um filme sobre o cinema e seus bastidores com os ecos e talvez por isso mesmo sofrendo com a grandeza de um Sunset Boulevard – apenas três anos mais recente. No fundo, ambos tratam mais ou menos do mesmo tema: da vaidade, porém com enfoques distintos sobre as hybris, envelhecida, de Norma Desmond e, inocente e pueril, de Clara Manni.
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